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Evacuação de mais de 170 soldados egípcios detidos pela RSF no Sudão

Pedro Santos

2023-04-20
Uma
Uma rua deserta em Al Faser, Sudão – Stringer/Imageslive Via Zuma Pre / Dpa

O exército sudanês anunciou na quarta-feira a evacuação do Sudão de 177 membros da Força Aérea Egípcia, que estavam detidos pelas Forças de Apoio Rápido paramilitares (RSF).

O porta-voz do exército Banil Abdullah disse que os soldados, que tinham sido detidos na cidade sudanesa de Merowe, no norte do Sudão, foram evacuados para o Cairo por quatro aviões militares, de acordo com o website Sudan Ajbar.

Segundo as autoridades sudanesas, a presença de soldados egípcios é explicada por um acordo de treino conjunto assinado entre os dois países em 2018. Uma nova ronda do exercício – sob o nome ‘Protectores do Nilo’ – estava agendada para Maio», explicaram eles.

Antes deste anúncio, a RSF tinha anunciado que os soldados detidos seriam «libertados o mais depressa possível», mas no «momento apropriado de acordo com as condições prevalecentes no país», ao mesmo tempo que especificava que todo o pessoal militar egípcio presente na base de Merowe era seguro, relata o «Sudan Tribune».

Por seu lado, o porta-voz do exército egípcio Gharib Abdel Hafez, que prometeu mais pormenores, explicou numa declaração que está a coordenar com as várias partes para «assegurar o regresso de todos os elementos das forças».

As hostilidades no Sudão estalaram no sábado no meio de tensões sobre as reformas de segurança e a integração da RSF – liderada por Mohamed Hamdan Dagalo, alias ‘Hemedti’, que é também vice-presidente do Conselho Transitório Soberano – nas forças armadas sudanesas, uma parte fundamental de um acordo assinado em Dezembro para formar um novo governo civil e reanimar a transição.

As conversações começaram sob mediação internacional depois de o chefe do exército e presidente do Conselho Transitório Soberano, Abdelfata al-Burhan, ter liderado um golpe de Estado em Outubro de 2021 que depôs o então primeiro-ministro da unidade, Abdullah Hamdok, que foi nomeado para o cargo na sequência de contactos entre civis e militares após a revolta de Abril de 2019 que pôs fim a 30 anos de governo de Omar Hassan al-Bashir.

Fonte: (EUROPA PRESS)

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