O governo da Nova Zelândia anunciou quarta-feira que está a negociar com as autoridades indonésias a libertação de um piloto neozelandês que foi alegadamente feito refém por forças separatistas na região indonésia da Papua.
O primeiro-ministro neozelandês Chris Hipkinks disse que funcionários neozelandeses em solo indonésio estão a trabalhar no caso, de acordo com a emissora RNZ.
Além disso, o Ministério dos Negócios Estrangeiros está a prestar apoio à família do piloto, sem que, nesta fase, as autoridades do país forneçam mais pormenores sobre o incidente.
O Exército de Libertação Nacional da Papua Ocidental (TPNPB), a ala armada do Movimento Papua Livre, reivindicou a responsabilidade, dizendo que o piloto da Nova Zelândia foi preso e feito refém devido à sua posição «contra o estado unitário da Indonésia», de acordo com o website de Suara Papua.
O porta-voz do TPNPB, Sebby Sambom, disse que o refém não seria libertado até que a Nova Zelândia e outros países fossem «responsabilizados» pelo apoio militar do exército indonésio contra o povo da Papua.
«Nesta base, o piloto será uma garantia para as Nações Unidas, Europa, Estados Unidos e Austrália falarem porque aqueles que enviaram equipas de guerra para a Indonésia, treinaram-nas para nos matar durante 60 anos», disse ele, como noticiado na revista indonésia Tempo.
As forças de segurança do governo indonésio têm sido acusadas nas últimas décadas de violações dos direitos humanos na Papua, uma região que foi incorporada na Indonésia numa votação administrada pela ONU que grupos de direitos e activistas pró-independência criticaram como uma farsa. Como resultado, tem havido uma insurreição separatista na Papua desde os anos 60.
Fonte: (EUROPA PRESS)