
O Secretário-Geral da ONU António Guterres condenou «veementemente» no domingo o ataque a um helicóptero da missão das Nações Unidas na República Democrática do Congo (MONUSCO) no leste do país, no qual um «capacete azul» foi morto e outro ferido.
Guterres, que confirmou que a vítima fatal é um cidadão sul-africano, como noticiado nos meios de comunicação congoleses, expressou «as suas mais profundas condolências à família do «capacete azul» falecido, ao governo e ao povo sul-africano».
Recordou também, na mesma linha da missão de manutenção da paz da ONU, que os ataques contra os capacetes azuis «podem constituir um crime de guerra à luz do direito internacional».
O porta-voz de Guterres, Stéphane Dujarric, disse que o Secretário-Geral tinha «apelado às autoridades congolesas para investigarem este hediondo ataque e para levarem rapidamente os responsáveis à justiça», de acordo com uma declaração.
Também reafirmou o seu apoio ao governo da República Democrática do Congo «nos seus esforços para alcançar a paz e a estabilidade no leste do país», embora não tenha fornecido informações sobre quem foi o responsável pelo ataque ou que arma foi utilizada.
MONUSCO relatou horas antes que um helicóptero tinha sido atacado depois de deixar a cidade de Beni, na província nordeste do Kivu Norte, o epicentro da violência armada que assolava o país africano.
Este ataque teve lugar algumas horas após o fim da cimeira extraordinária realizada pelos chefes de Estado da África Oriental no Burkina Faso, na qual declararam a sua intenção de reforçar o processo de paz no Kivu do Norte, cenário de meses de combates sangrentos entre o exército congolês e o grupo rebelde Movimento 23 de Março.
A reunião terminou com o compromisso de criar novos instrumentos de trabalho para garantir a cessação definitiva das hostilidades que colocaram o governo congolês contra o vizinho Ruanda, acusado de apoiar o M23, que o governo Kigali rejeitou categoricamente, enquanto mais de meio milhão de pessoas foram forçadas a fugir das suas casas devido à violência.
Fonte: (EUROPA PRESS)






