
A União Europeia comprometeu-se este ano com um total de 181,5 milhões de euros para prestar ajuda humanitária aos países mais vulneráveis aos efeitos das alterações climáticas e da fome na África Central e Ocidental, anunciou Janez Lenarcic, Comissário para a Gestão de Crises.
«Cerca de 38 milhões de pessoas precisaram de assistência no ano passado na região, onde a situação de segurança continua a ser de grande preocupação», disse Lenarcic numa declaração, ligando o impacto global da invasão russa da Ucrânia ao nível «sem precedentes» de insegurança alimentar.
Além disso, a entrega de ajuda humanitária é cada vez mais «difícil» aos países da África Central e Oriental «devido ao aumento das violações do direito humanitário internacional», acrescentou ele.
Neste contexto, a UE anuncia dotações para o Burkina Faso (¤25,5 milhões), Mali (¤26 milhões), Mauritânia (¤6,5 milhões) e República Centro-Africana (¤20,5 milhões), para além de ¤500,000 em apoio regional.
Este financiamento vem juntar-se às dotações autorizadas em Janeiro para a Nigéria (34 milhões de euros), Níger (25 milhões de euros), Chade (26,5 milhões de euros) e Camarões (17 milhões de euros).
Bruxelas recorda que os preços dos alimentos subiram acentuadamente em geral, entre 40-60% durante o ano passado, não só devido a factores locais como a falta de chuva, mas também devido ao contexto geopolítico, com vários países do Sahel e da África Central a dependerem fortemente dos cereais importados da Ucrânia e da Rússia.
Fonte: (EUROPA PRESS)






