O antigo vice-ministro da defesa da Ucrânia, Vyacheslav Shapovalov, foi detido sob fiança de mais de 400 milhões de grivnas – mais de dez milhões de euros – pelo seu envolvimento em alegada corrupção envolvendo a sobrefacturação de fornecimentos militares.
O escândalo da corrupção diz respeito à alegada compra de rações militares a preços inflacionados pelo Ministério da Defesa, principalmente para soldados da retaguarda, responsabilidade de um Shapovalov que anunciou a sua demissão quando o caso foi relatado.
Shapovalov anunciou a sua demissão em resposta às alegações de corrupção e para evitar que o escândalo afectasse negativamente os fornecimentos internacionais às forças armadas ucranianas, segundo a agência noticiosa Ukrinform.
No entanto, as autoridades ucranianas assinalaram que Shapovalov foi efectivamente despedido, juntamente com cerca de dez outros funcionários, como parte da sua luta contra a corrupção. O Serviço de Segurança Ucraniano lançou uma investigação para determinar se houve irregularidades na aquisição de fornecimentos.
O Presidente ucraniano Volodimir Zelenski chegou ao ponto de descrever a demissão de mais de uma dúzia de altos funcionários como «necessária», na sequência dos escândalos. «Todas as questões internas que impedem o Estado estão a ser eliminadas e continuarão a ser eliminadas. É justo, é necessário para a nossa defesa, e ajuda a nossa aproximação às instituições europeias», disse ele.
A Ucrânia foi palco de numerosos casos de corrupção no passado e a Transparency International classificou-a em 122º lugar entre 180 na sua sondagem de percepção da corrupção em 2021. A luta contra tais crimes é também uma das principais exigências da UE como parte do processo da sua possível adesão ao bloco, que a Rússia rejeita firmemente.
Fonte: (EUROPA PRESS)
