
O presidente austríaco Alexander Van der Bellen viajou na quarta-feira para a cidade de Bucha, conhecida pelo massacre perpetrado pelos soldados russos, e também viajou para Kiev para se encontrar com o seu homólogo ucraniano, Volodimir Zelenski.
«Aqui em Bucha, eu choro por cada vida destruída por esta terrível guerra de agressão. Estes crimes contra a humanidade, contra tudo o que representamos, não devem ser esquecidos e não devem ficar impunes», disse Van der Bellen no seu perfil oficial no Twitter.
Van der Bellen visitou um dos cemitérios de massa das vítimas russas na cidade, bem como uma escola destruída pelos bombardeamentos e cujo telhado foi reparado graças a doações financeiras da Áustria.
Mais tarde, após um encontro com Zelenski, Van der Bellen transmitiu a solidariedade da Áustria para com o povo ucraniano e comprometeu-se a continuar a ajuda financeira e humanitária ao país da Europa de Leste.
«A Áustria é um país neutro. Contudo, a neutralidade militar não significa que sejamos neutros em termos de valores», disse, sublinhando que a Áustria não pode ficar indiferente se um Estado invadir outro na Europa.
Zelenski agradeceu a Van der Bellen pelo seu apoio, mas apelou às empresas austríacas para que se retirassem da Rússia e se mudassem para território ucraniano, de acordo com a agência noticiosa Ukrinform.
Para o líder ucraniano é imperativo redobrar as pressões e sanções sobre a Rússia, que deve «sentir o preço» do «terror» causado na Ucrânia. «Sublinhei a necessidade de reforçar ainda mais as sanções», disse ele.
«Neste contexto, tomamos nota da situação das empresas austríacas. Há alguns deles que, apesar do terrível terror russo, não deixam a Rússia, continuam a apoiar o Estado terrorista, na nossa opinião, com os seus impostos», lamentou Zelenski.
De facto, o presidente ucraniano tem como alvo Raiffeisen Bank, uma entidade que «não só trabalha na Rússia, mas também toma decisões tais como isenções fiscais para aqueles que são mobilizados no exército russo».
«Acreditamos que isto é inaceitável nas realidades actuais. Exortamos o lado austríaco a fazer todos os esforços para garantir que as empresas individuais não induzam em erro a sociedade austríaca», disse ele.
Fonte: (EUROPA PRESS)






