
A empresa alemã DHL comunicou na quarta-feira a detenção de quatro dos seus empregados alegadamente envolvidos na explosão de uma bomba de encomendas perto da embaixada russa em Bangui, a capital da República Centro-Africana (CAR).
«Na sequência de um incidente relacionado com a entrega de uma remessa à nossa estação de serviço em Bangui, República Centro Africana, a 16 de Dezembro de 2022, podemos confirmar que quatro funcionários da DHL foram detidos pelas autoridades locais», disse um representante da empresa à agência noticiosa TASS.
A polícia já tinha detido sete pessoas, incluindo trabalhadores dos correios, que podem ter estado envolvidas no ataque de 20 de Dezembro. No entanto, após interrogatório, foram libertados.
O director de um centro cultural russo, Dimitri Siti, foi gravemente ferido na explosão. O homem, que mais tarde foi evacuado e transferido para a Rússia, tinha recebido anteriormente uma série de ameaças de morte, disseram as forças de segurança locais.
O fundador do Grupo Wagner, Yevgeni Prigozhin, apontou directamente à França como responsável pelo ataque. O serviço de imprensa da empresa publicou uma declaração na sua conta Telegrama em seu nome, descrevendo o Siti como «um patriota» e detalhando que já tinha recebido um upload em Novembro «enviado do Togo contendo uma fotografia do seu filho, que vive em França».
Prigozhin, um oligarca próximo do Presidente russo Vladimir Putin, disse que o pacote «continha uma nota dizendo que da próxima vez ele iria receber a cabeça do seu filho». Afirmou também que o Siti se encontrava em grave perigo.
No entanto, a Ministra dos Negócios Estrangeiros francesa Catherine Colonna disse que as palavras de Prigozhin eram «falsas» e salientou que se tratava de um «bom exemplo de como funciona a propaganda russa».
Fonte: (EUROPA PRESS)






