
O governo tanzaniano instou os seus cidadãos a não viajar para zonas de conflito para lutar como mercenários depois de confirmar que um homem tanzaniano morreu em Outubro na Ucrânia enquanto lutava nas fileiras do Grupo Wagner.
O Ministro dos Negócios Estrangeiros tanzaniano Stergomena Tax sublinhou que a constituição do país proíbe os cidadãos de «se juntarem a qualquer exército ou grupo armado noutros países, excepto nas fileiras das Forças Armadas tanzanianas», de acordo com o Daily News.
Tax, que manifestou as suas condolências à família do homem, identificado como Nemes Tarimo, disse ter falecido a 24 de Outubro de 2022 e acrescentou que o seu corpo está na Rússia e será em breve entregue na Tanzânia.
Confirmou também que o homem inscrito em 2020 na Universidade de Tecnologia de Moscovo e foi subsequentemente condenado a sete anos de prisão, sem dar mais pormenores. «Quando estava na prisão, foi-lhe oferecido e aceitou servir nas fileiras do Grupo Wagner para lutar na Ucrânia em troca de dinheiro e libertação», acrescentou ele.
A família de Tarimo disse na semana passada que foi informada da sua morte no final de Dezembro, após o que recebeu informações nesse sentido da Embaixada da Tanzânia em Moscovo. «Ele informou-nos que ia entrar em guerra na Ucrânia. Implorámos-lhe que não o fizesse, mas ele disse que não sabia quando iria obter a sua liberdade, por isso partiu. A última vez que o contactámos foi a 17 de Outubro e, desde então, tem sido inalcançável», disse um familiar, segundo o diário tanzaniano ‘The Citizen’.
A notícia da morte de Tarimo, 33 anos, circulou nos meios de comunicação social juntamente com um vídeo da sua despedida militar. O caso veio à luz semanas após a morte de um zambiano em combate nas fileiras do Grupo Wagner, propriedade de um oligarca próximo do Presidente russo Vladimir Putin.
Fonte: (EUROPA PRESS)