O líder da oposição russa Alexei Navalni defendeu na quarta-feira a importância de continuar a enfrentar os «patifes sem escrúpulos» que governam a Rússia, dois anos após um regresso à Rússia que foi também o início de uma detenção que continua até aos dias de hoje.
Navalni foi evacuado da Rússia em Agosto de 2020, como medida de emergência para o tratar na Alemanha por um envenenamento que quase o matou. Ele regressou a 17 de Janeiro de 2021 e as autoridades consideraram então que ele tinha violado as condições da sua libertação provisória.
«Passei estes dois anos na prisão», Navalni publicou no Twitter, o principal porta-voz de um líder que acumulou novas condenações enquanto via o Kremlin cortar toda a sua rede organizacional, concedendo-lhe a categoria de ‘extremista’.
Apesar da pressão a que está sujeito, o líder da oposição afirma que é necessário «salvar» a pátria daqueles que a «saquearam, feriram, arrastaram para uma guerra agressiva», como a que ocorreu na Ucrânia, lançada em Fevereiro de 2022 sob as ordens do Presidente Vladimir Putin. Transformaram a Rússia «numa prisão», acrescentou ele.
Para Navalni, «qualquer oposição a este bando (…) é importante», mesmo que seja «simbólica», como no seu caso. Ele acredita que aqueles que se opõem à actual liderança política são mais do que «juízes corruptos, propagandistas mentirosos, criminosos do Kremlin».
«Não lhes entregarei o meu país e acredito que a escuridão irá um dia desvanecer-se. Enquanto ela persistir, farei tudo o que estiver ao meu alcance, tentarei fazer o que está certo e exorto todos a não perderem a esperança», reiterou.
Coincidindo com este aniversário, a comitiva de Navalni lançou uma nova campanha para «libertá-lo» e «dizer não à guerra», como a sua filha, Dasha Navalnya, explicou nas redes sociais, recordando como o seu pai optou por regressar à Rússia apesar dos «riscos».
Navalnya culpou Putin pelo envenenamento e denunciou que Moscovo quer agora continuar a «silenciá-lo» na prisão. «Mas o meu pai não tem medo e nunca vai parar de lutar», advertiu ele num vídeo.
Fonte: (EUROPA PRESS)