Os psiquiatras encarregados de examinar o perpetrador confesso do assassinato do antigo Primeiro-Ministro japonês Shinzo Abe, Tetsuya Yamagami, disseram na terça-feira que o homem era de «mente sã» na altura em que cometeu o crime.
Especialistas têm vindo a avaliar o seu caso desde o Verão passado, depois de ter sido preso por abrir fogo sobre Abe durante um comício na cidade de Nara, que resultou na morte do antigo líder japonês num caso que chocou o país.
O assassino auto-confiante insistiu que tinha motivos para matar Abe depois de sublinhar que «estava seguro dos seus fortes laços com a organização religiosa da Igreja da Unificação», que Yamagami acusa de ter falido a sua família.
Agora, na sequência das descobertas da equipa psiquiátrica, ele foi transferido de uma instalação médica para a prisão de Nara, como noticiado pela agência noticiosa Kiodo.
Yamagami – que acusou Abe de ter encorajado o estabelecimento do grupo religioso no Japão – tinha enviado uma carta pouco antes do ataque, avisando das suas intenções. A carta mostrava o forte ressentimento da criança de 41 anos contra a Igreja da Unificação.
Os investigadores indicaram que, segundo fontes familiares, a sua mãe tinha doado mais de 700.000 euros à Igreja da Unificação durante a sua vida. Estas doações incluíam 60 milhões de ienes (cerca de 429.000 euros) provenientes da herança do pai de Yamagami.
Além disso, a mulher deu alegadamente à igreja o produto da venda dos bens e bens imobiliários da família. Continuou então a doar pequenas quantias até ficar sem dinheiro em 2002.
Fonte: (EUROPA PRESS)