
A Coreia do Sul revelou na quarta-feira detalhes da sua estratégia Indo-Pacífico, que se centra na promoção da liberdade, paz e prosperidade, estabelecendo «uma ordem baseada em regras».
No seu relatório final sobre a estratégia, o governo sul-coreano detalhou que seguirá nove linhas «fundamentais» para cumprir a sua visão de uma região Indo-Pacífico «livre, pacífica e próspera» sob os princípios cooperativos de inclusão, confiança e reciprocidade, informou Yonhap.
Estes incluem a construção de «uma ordem regional baseada em normas e regras», cooperação para promover o Estado de direito e os direitos humanos, reforço dos esforços de não-proliferação e contra-terrorismo em toda a região, bem como a expansão da cooperação abrangente em matéria de segurança.
Os cinco restantes relacionam-se com a construção de redes de segurança económica, reforço da cooperação em domínios críticos da ciência e tecnologia, colmatar a fractura digital, liderar a cooperação regional em matéria de alterações climáticas e segurança energética, empenhar-se na «diplomacia contributiva» através de parcerias de cooperação para o desenvolvimento à medida, e promover a compreensão e intercâmbios mútuos.
O gabinete presidencial detalhou que a estratégia projecta «os valores da liberdade e da solidariedade», valores sublinhados pelo Presidente Yoon Suk Yeol durante o seu discurso de tomada de posse e no seu discurso à Assembleia Geral da ONU na região Indo-Pacífico, de acordo com a agência.
«A estratégia Indo-Pacífico do governo Yoon Suk Yeol tornar-se-á um marco na garantia dos valores e interesses nacionais perseguidos pela Coreia do Sul e na expansão do horizonte da nossa política externa numa região Indo-Pacífico cuja importância estratégica está a crescer de dia para dia, e onde residem as causas dos desafios», disse o gabinete de comunicação presidencial numa declaração.
Este relatório surge numa altura em que as tensões entre Pyongyang e Seul têm vindo a aumentar nos últimos meses, depois da Coreia do Norte ter lançado dezenas de mísseis balísticos no Mar do Japão, bem como um míssil que atravessou a demarcação territorial entre as duas Coreias pela primeira vez desde a guerra entre os dois países na década de 1950.
O documento chega também meses após a escalada da China sobre Taiwan, quando o gigante asiático ameaçou tomar medidas na ilha na sequência de uma visita às autoridades de Taiwan pela Congressista norte-americana Nancy Pelosi.
Fonte: (EUROPA PRESS)






