![Jurisdição Especial para a Paz (JEP). Jurisdição](https://www.news360.es/wp-content/uploads/2022/12/fotonoticia_20221221125704_1920-5.jpg)
A Jurisdição Especial da Colômbia para a Paz (JEP) recusou incluir o General reformado Miguel Maza Márquez na sua legislação especial por mentir sobre as suas ligações a grupos paramilitares e a possibilidade de ele poder ser processado pelo assassinato de membros da União Patriótica (UP).
Maza Márquez, antigo director do controverso e agora dissolvido Departamento Administrativo de Seguridad (DAS), violou seriamente a sua obrigação de dizer a verdade sobre a sua relação com os paramilitares e o seu envolvimento no assassinato do candidato presidencial Luis Carlos Galán, de acordo com o JEP.
Na sequência do «não» do JEP, a sua condenação por conspiração para cometer um crime, que o Supremo Tribunal emitiu em Novembro de 2016, continua em vigor. Segundo essa decisão, Maza Márquez, ao não agir contra as Autodefensas Campesinas del Magdalena Medio, permitiu-lhes cumprir ordens do Cartel de Medellín de Pablo Escobar para assassinar Galán, candidato presidencial do Partido Liberal, em 1989.
Esta associação criminosa, recorda a JEP, foi promovida por Maza Márquez como director da DAS, uma vez que os membros da Autodefensas Campesinas del Magdalena Medio «não foram perseguidos por essa agência de segurança e foram autorizados a circular livremente nas áreas onde operavam».
«Além disso, a chegada de instrutores estrangeiros foi facilitada para treinar os seus membros; o pessoal da DAS foi enviado para os campos de treino destes grupos de autodefesa», que também transferiram o autor do ataque – Jaime Rueda Rocha – uma vez realizado, para as áreas onde este grupo armado ilegal tinha a sua base de operações.
Ao mesmo tempo, a JEP indicou que prossegue a investigação sobre a participação de Maza Márquez no extermínio dos membros e simpatizantes da Unión Patriótica, um grupo político de esquerda que se esgotou durante os anos 80 e 90. Estes assassinatos, considerados crimes contra a humanidade pelo Ministério Público colombiano, têm o seu próprio processo no âmbito da JEP, caso 06.
Fonte: (EUROPA PRESS)