
O Parlamento croata rejeitou na sexta-feira uma proposta do governo para reforçar a formação das tropas ucranianas em território croata no âmbito da Missão de Assessoria Militar da União Europeia de apoio à Ucrânia (EUMAM).
A proposta falhou porque apenas 97 dos 101 deputados necessários votaram a seu favor, suscitando críticas do Primeiro Ministro Andrej Plenkovic, tal como relatado pela emissora croata HRT.
O chefe de governo croata disse que se esta votação serviu para alguma coisa, foi para marcar «uma linha divisória» entre os políticos que «protegem o interesse nacional» e os restantes, que descreveu como «anões e cobardes».
Plenkovic lamentou que esta rejeição da formação das tropas ucranianas seja um sinal de «provincianismo e completo desconhecimento das questões políticas» que poderia «prejudicar» a credibilidade da Croácia a nível internacional. «Isto não devia ter acontecido», disse ele.
Para Plenkovic, a adesão da Croácia à União Europeia e à Aliança Atlântica implica não só uma série de direitos, mas também obrigações, às quais o Parlamento virou agora as costas. «Este fracasso, no sentido político, vai assombrá-los durante muito tempo», disse o Primeiro-Ministro, referindo-se aos deputados que votaram contra.
Finalmente, aludindo à guerra com a Sérvia há menos de 30 anos, o Primeiro-Ministro croata insistiu que a nação dos Balcãs «não pode ser insensível numa altura em que a Rússia está a cometer uma agressão contra a Ucrânia».
Fonte: (EUROPA PRESS)