O grupo jihadista estatal islâmico reivindicou a responsabilidade por um ataque a um hotel na capital afegã, Cabul, na segunda-feira, dizendo que pelo menos 30 pessoas foram mortas ou feridas, muito mais do que os dois feridos oficialmente confirmados pelos talibãs.
O Estado Islâmico divulgou imagens dos dois atacantes, bem como um vídeo em que estes juram fidelidade ao novo líder, desde que o seu antecessor tinha morrido em meados de Outubro durante uma operação do Exército Sírio Livre na província síria de Daraa, segundo o porta-voz do US Central Command (CENTCOM), Joe Buccino, segundo o SITE Intelligence Group, uma agência especializada na localização de grupos terroristas.
O porta-voz dos Talibãs e Vice-Ministro Afegão da Informação, Zabihullah Mujahid, afirmou que «o ataque a um hotel em Cabul resultou na morte dos três atacantes». «Todos os convidados foram salvos e nenhum estrangeiro foi morto. Dois convidados estrangeiros foram feridos depois de saltarem de uma janela», acrescentou ele na sua conta do Twitter.
O porta-voz do Ministério dos Negócios Estrangeiros chinês Wang Wenbin disse que cinco cidadãos chineses foram feridos no ataque e acrescentou que «vários polícias afegãos foram mortos», sem dar mais pormenores. «Apresentamos as nossas condolências aos polícias mortos e aos feridos», disse ele.
Wang salientou que a embaixada chinesa em Cabul contactou os Talibãs para exigir que os feridos fossem tratados, que o incidente fosse investigado e que os responsáveis fossem levados à justiça, bem como para aumentar a segurança dos cidadãos chineses no Afeganistão, como noticiado pelo portal de notícias Sohu.
O incidente teve lugar um dia após o Vice-Primeiro Ministro afegão Mohamad Abas Stanikzai se ter encontrado com o Embaixador chinês Wang Yu em Cabul para lhe assegurar que os Talibãs garantem a segurança dos representantes diplomáticos e das instalações no país na sequência dos recentes ataques às embaixadas paquistanesa e russa.