O ministro do Interior da Turquia, Suleyman Soylu, advertiu na quarta-feira que a bomba utilizada no ataque de 13 de Novembro no centro da cidade de Istambul foi feita «ao vivo» com a ajuda dos meios de comunicação social.
«Devo dizer que a bomba que explodiu na Avenida Istiklal foi feita através do canal de uma rede social», disse ele, antes de salientar que o principal suspeito no ataque, Ahlam al-Bashir, uma mulher de origem síria que o governo acusa de estar ligada ao Partido dos Trabalhadores do Curdistão (PKK), recebeu instruções de outros membros sobre «como produzir a bomba e onde colocá-la», entre outras coisas.
Desde a sua prisão, explicou Soylu, vários membros do PKK ligados a al-Bashir também foram presos. No entanto, a acusada insistiu que não sabia nada sobre a bomba e explicou que pensava que a mochila continha barras de chocolate. «As suas palavras não reflectem a verdade. O Ministério Público e a polícia estão a recolher provas para refutar o seu testemunho», disse ela, de acordo com o jornal Hurriyet.
O ataque segue-se a uma forte campanha militar lançada por Ancara contra o PKK no norte da Síria e Iraque. Em finais de Novembro, o governo anunciou uma operação transfronteiriça na área a oeste do rio Eufrates.