A Comissão Europeia anunciou na terça-feira uma multa de 157 milhões para cinco empresas químicas – Sunpor, Synbra, Synthomer, Synthos e Trinseo – para fixação de preços no mercado do monómero de estireno, uma substância utilizada principalmente na produção de plásticos, tintas, borrachas sintéticas e resinas.
As empresas admitiram a sua participação entre 2012 e 2018 no cartel sancionado por Bruxelas e concordaram em colaborar para resolver o caso, de acordo com os serviços da UE, que especificam que o pacto ilegal foi revelado por uma sexta empresa, a INEOS, que pela sua colaboração não foi multada.
Assim, a empresa que pagará o montante mais elevado é a Synthomen, com 43 milhões de euros, seguida da Trinseo, com 32,6 milhões de euros, Synthos, com 32,5 milhões de euros, e Synbra, com 17,2 milhões de euros. O executivo da UE concedeu reduções entre 20% e 50% a todos eles pela sua cooperação durante o processo.
De acordo com o Executivo da CE, os seis compradores de estireno trocaram informações comerciais confidenciais e coordenaram a sua estratégia de negociação sobre um preço de referência da indústria do estireno (preço contratual mensal ou MCPS) que era amplamente utilizado na indústria e que muitas vezes fazia parte da fórmula de preços nos acordos com os fornecedores.
Ao contrário da maioria dos cartéis onde as empresas conspiram para aumentar os seus preços de venda, as seis empresas conspiraram para reduzir um elemento do preço do estireno, disse a Comissão Europeia numa declaração.
Em particular, as empresas coordenaram as suas estratégias de negociação de preços antes e durante as negociações bilaterais de acordo de GFCS com os vendedores de estireno para influenciar este preço de referência a seu favor.
Também trocaram informações relacionadas com preços antes e durante as suas negociações com os vendedores de estireno. Estas práticas são proibidas pelas regras de concorrência da UE porque distorcem o processo competitivo, que deve basear-se nas decisões individuais dos participantes no mercado.
