
O presidente do Congresso peruano, José Williams, anunciou na tarde de quinta-feira que a direcção executiva tinha rejeitado liminarmente a proposta do governo de modificar a lei que limita as convocatórias para o referendo.
«O Comité Executivo concordou por maioria em rejeitar liminarmente a questão de confiança levantada pelo Presidente do Conselho de Ministros porque é proibido levantar uma questão de confiança, tal como estabelecido pelo Tribunal Constitucional», disse Williams em declarações relatadas pela estação de rádio RPP.
O chefe do Parlamento peruano justificou a decisão afirmando que o que foi proposto pelo primeiro-ministro do país, Aníbal Torres, excede o quadro constitucional e jurídico, porque ultrapassa o Congresso, o que representaria «uma alteração grave» do Estado e a separação de poderes.
Desta forma, o Congresso peruano recusou-se a «limitar» os seus poderes a favor de referendos mais frequentes entre a população para fazer avançar as iniciativas propostas pelo governo.
O primeiro-ministro do Peru propôs uma moção de confiança no Congresso para aprovar um projecto de lei para substituir a actual lei que limita o referendo.
A medida foi rejeitada pela oposição, que chegou ao ponto de apresentar uma queixa constitucional contra o Presidente Pedro Castillo, o primeiro-ministro e ministros de todo o poder executivo, alegando ter violado vários artigos da Constituição ao propor tal reforma.






