
O Ministro dos Negócios Estrangeiros, União Europeia e Cooperação, José Manuel Albares, disse esta sexta-feira que as sanções da União Europeia contra a Venezuela «não estão destinadas a durar para sempre», embora tenha pedido para não antecipar os acontecimentos, dada a decisão do governo do país e da oposição de retomar o diálogo.
«As sanções foram aplicadas por determinadas razões, não devem durar para sempre, se essas razões desaparecerem», as sanções também poderiam ser levantadas, disse ele quando questionado sobre a possibilidade de a UE as cortar ou eliminar se as conversações forem bem sucedidas.
A este respeito, pediu «para não antecipar os acontecimentos» e, de momento, para saudar o reinício do diálogo. «Os venezuelanos contam com a Espanha para a ajudar a avançar», disse ele.
O ministro reiterou que considera o reinício das conversações no México como «uma coisa muito positiva», e que é algo que tem sido «encorajador». «Encontrei-me com ambos os negociadores, tanto do governo como da oposição, e encorajei-os a fazê-lo», disse ele.
ACORDO HUMANITÁRIO E SOCIAL «Coloquei a Espanha à disposição de tudo o que possa ser útil para que este diálogo entre venezuelanos produza resultados concretos do ponto de vista de um acordo humanitário e social que alivie a situação», disse o ministro, que espera que «seja o canal democrático e a decisão dos venezuelanos a resolver quaisquer dificuldades que possam surgir», acrescentou.
Na quinta-feira, o governo saudou a decisão do governo e da oposição de retomar o diálogo e colocou a sua «capacidade de diálogo» ao serviço das partes, caso o considerassem necessário.
«O governo espanhol congratula-se com o reinício do processo de negociação no México entre o governo e a oposição venezuelana», disse o Ministério dos Negócios Estrangeiros, numa declaração, depois da Noruega, um facilitador do processo, ter confirmado que as partes se irão reunir no sábado no país asteca.






