
A Assembleia Nacional da Bulgária reconheceu na quarta-feira o Holodomor como o genocídio do povo ucraniano que ocorreu entre 1932 e 1933 durante a fome na Ucrânia quando era uma das repúblicas da União Soviética liderada por Joseph Stalin, na linha do que outros parlamentos europeus têm vindo a fazer após o início da invasão russa.
A votação foi de 134 votos a favor e 26 contra, de 240 lugares no parlamento unicamaral da Bulgária. A decisão será doravante acompanhada pela comemoração das vítimas da fome todos os últimos sábados de Novembro.
A resolução, proposta pela Bulgária Democrática e pela coligação de Cidadãos para o Desenvolvimento Europeu da Bulgária e da União das Forças Democráticas (GERB-SDS), declara que qualquer negação, justificação ou menosprezo do genocídio é um insulto à memória dos milhões de vítimas.
O partido pró-russo Vuzrazhdane (Renascimento) votou contra a resolução, enquanto os poucos deputados socialistas presentes na câmara durante a votação se abstiveram, relata o Sofia Globe.
O Presidente ucraniano Volodimir Zelenski usou o seu perfil no Twitter para agradecer ao Parlamento búlgaro por reconhecer este episódio do passado soviético da Ucrânia como genocídio. «Este passo comemora milhões de vítimas de Holodomor e restaura a justiça histórica», escreveu ele.
Antes da Bulgária, Roménia, Polónia, Irlanda ou Alemanha, bem como do Parlamento Europeu, reconheceram como genocídio as mortes resultantes dessa fome, que, segundo a versão de Kiev, foi causada pela má gestão da União Soviética de Estaline e não pelo fracasso das colheitas.
Fonte: (EUROPA PRESS)






